Caso Eliza Samudio
O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, vai a júri popular em Contagem. Acompanhe a cobertura completa
14:22
Resumo do 2º dia até aqui:
- Detento que afirmou ter ouvido confissão de Bola sobre morte de Eliza é ouvido
- A testemunha de nome Jaílson confirmou depoimentos anteriores à polícia e à Justiça
- Jaílson confirmou ter ouvido de Bola que "cinzas de Eliza" foram jogadas em lagoa
- O réu Bola acompanhou o depoimento dentro do plenário
- Mãe de Eliza não compareceu ao julgamento em Contagem
- Detento que afirmou ter ouvido confissão de Bola sobre morte de Eliza é ouvido
- A testemunha de nome Jaílson confirmou depoimentos anteriores à polícia e à Justiça
- Jaílson confirmou ter ouvido de Bola que "cinzas de Eliza" foram jogadas em lagoa
- O réu Bola acompanhou o depoimento dentro do plenário
- Mãe de Eliza não compareceu ao julgamento em Contagem
13:58
A previsão é que a sessão seja retomada às 15h.
13:57
Como os jurados não tinham questionamentos para a testemunha, a juíza Marixa Rodrigues autorizou intervalo de uma hora para almoço.
13:57
Defesa de Bola encerra perguntas ao réus.
13:55
"Tão logo você fazia uma denúncia, qual era a resposta do sistema prisional?", questionou Magalhães. O detento disse que às vezes era transferido, após denunciar agentes penitenciários à Seds. Em outras vezes, falou Jaílson, os agentes é que deixavam a unidade. Afirmou que não fazia as denúncias para ser transferido.
13:53
O advogado pergunta se Jaílson se lembra de quando ligou para a mulher de Bola. A testemunha diz que não.
13:45
"Só se os peixes falarem"
13:44
A testemunha reafirma que ele e Bola assistiam a uma reportagem sobre buscas pelo corpo de Eliza em uma lagoa. Na ocosião, ele perguntou ao réu o que este faria se o corpo fosse achado. "Só se os peixes falarem", teria dito Bola, segundo Jaílson.
13:41
Ao explicar, o preso contou que um deles o ameaçava diretamente, o qual achava se chamar Zezé. Mas, depois, de acordo com a testemunha, descobriu se tratar do Gilson Costa. O de nome José Lauriano, disse Jaílson, ficou na porta da sala observando enquanto ele era ameaçado. Segundo o que a testemunha disse em plenário, a ameaça ocorreu em julho de 2012 no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
13:36
A defesa do reú retomou o assunto da carta em quem o detento denúnci sofrer ameaças de policiais. Segundo Jaílson, ele não mencionou nomes e justificou que achava que seria ouvido pelo tribunal. A carta, como dito no início da sessão, vou enviada pela mulher do detento para um ministro do Supremo Tribunal Federal. Não está esclarecido se a carta foi recebida.
13:31
Quaresma pergunta sobre o momento que Jaílson teria recebido R$ 50 de Gilson Costa. O detento contou que foi em uma sala desativada no segundo andar do DHPP, onde ele trabalhava na reforma.
13:22
Jaílson disse ter sido ameaçado por Bola, Gilson e Zezé no DHPP. E de onde afirmou também ter fugido por medo dos policiais.
13:21
O detento trabalhava no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Belo Horizonte. Jaílson disse que tinha como função cuidar da pintura e exerceu a atividade por três meses.
13:21
O advogado perguntou sobre o fato de Jaílson ter um trabalho externo quando estava no Ceresp. A testemunha disse que estranhou o benefício à época e acha que foi concedido para facilitar a execução dele.
13:15
Quaresma questiona como Jaílson ficou mais de um ano no Ceresp se o centro de triagem permite a permanência por cinco dias. A testemunha, que é um detento, disse que tinha medo de ir para outras unidades prisionais. E pediu para ser mantido em uma cela isolada dos outros.
13:04
Jaílson reconhece José Laureano, de apelido Zezé, em uma foto mostrada por Quaresma. A imagem consta no processo.
13:01
No retorno, o promotor pede a dispensa da testemunha João Batista, e os jurados concordam.
13:00
Depois disso, houve um pequeno intervalo.
12:52
Quaresma pergunta sobre a ameaça de morte à juíza Marixa Rodrigues. Ele questiona quem seria o executor. Jaílson fala que quem mataria a magistrada seria o "Ném, da Rocinha".
12:42
"Ele [Bola] assistia noticiário sobre a morte da Eliza Samudio na minha cela direto"
12:40
Atualmente, Jaílson está preso na Nelson Hungria e Marcos Aparecido na Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas.
12:40
Segundo a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), uma das características do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, é de que os presos ocupem celas individuais. A secretaria informa que, no período de julho de 2010 a fevereiro de 2011, Jaílson Alves de Oliveira esteve preso no mesmo pavilhão de Marcos Aparecido dos Santos.
12:37
Jaílson disse que se encontrava com Bola nos corredores porque os presos tinham acesso livre no pavilhão.
12:28
Jaílson responde à defesa que nunca teve problemas psiquiátricos e apenas toma remédio para dormir.
12:27
Quaresma mostra ao Conselho de Sentença a foto citada por Jaílson, e o detento diz que nunca viu a foto.
12:27
A testemunhou contou que Bola disse também ter sido "a maior bobeira" ter deixado em casa uma foto na qual policiais aparecem com cruzes na cabeça. O caso foi revelado em reportagem do Fantástico neste domingo.
12:25
Segundo Jaílson, Bola afirmou na prisão ter assassinado um carcereiro e disse que mataria a irmã da vítima, que testemunhou contra ele. Ainda segundo a testemunha, Bola teria dito que mataria também o próprio genro, que está presente no plenário. O homem riu da afirmação de Jaílson.
12:21
Juíza corrige Ércio Quaresma e Fernando Magalhães quando perguntam como Bola ameaçou Jaílson na frente dos advogados e policiais. Ela relembra que a testemunha disse que as ameaças foram quando ele estava saindo do depoimento, como foi registrado pelo escrivão.
12:16
"Acredito que o diabo está orando pedindo a Deus para ele [Bola] não tomar o lugar dele"
12:07
Quaresma chama Jaílson de "vossa excelência".
12:04
"Eu morava sozinho", disse Jaílson quando perguntado por Quaresma se ele dividia cela com alguém.
12:01
"Ele não está aqui sendo ouvido como réu e sim como testemunha", diz a juíza ao pedir novamente que Quaresma respeite Jaílson.
11:58
Quaresma pergunta o nome da atual companheira de Jaílson. Ele se recusa a dizer o nome por "medida de segurança".
11:55
"Com sua licença, eu não sou doutor", diz Jaílson depois de ser chamado assim por Quaresma. O advogado diz que ele é "doutor Phd em crime".
11:55
Jaílson conta que denunciou três policiais que o teriam torturado. As agressões, segundo ele, foram em 1996. Jaílson segue contando sobre inúmeras denúncias feitas por ele pelo tratamento recebido em presídios e esquemas criminosos de policiais.
11:50
Quaresma diz que Bola não contaria sobre um crime, caso cometesse um, a alguém que mal conheceu. E mais uma vez diz que Jaílson pratica falso testemunho.
11:48
Quaresma descreve Jaílson como um "delinquente contumaz". A fala gera reação da juíza, promotor e assistente de acusação. Eles pedem que Quaresma não ofenda a testemunha e nem use nomes pejorativos para descrevê-la.
11:46
A juíza pediu a Quaresma para ser mais objetivo nas perguntas.
11:46
Jaílson denunciou o superfaturamento de um obra no Ceresp, cuja responsabilidade era do tenente-coronel. A defesa pergunta até quando Jaílson cursou a escola, se tem conhecimento de contabilidade e se tinha acesso às contas de obras. Por fim, pergunta como ele ficou sabendo do superfaturamento. Jaílson disse que ficou sabendo por outros policiais.
11:42
Testemunha cita que, em 2007, ele denunciou um tenente-coronel por venda de fugas.
11:40
O advogado pergunta se a testemunha já "dedurou" outros antes. Jaílson confirma e conta sobre os casos, todos envolvendo ações criminosas de policiais e agentes penitenciários.
11:40
O defensor diz que, na carta, Jaílson relata estar preso injustamente. Mas, como anteriormente, disse ser inocente "de alguns" crimes, Quaresma afirma que a testemunhas deveria responder também por falso testemunho.
11:35
Quaresma pergunta se o que está escrito na carta é verdade. Jaílson diz que sim.
11:33
Perguntado se era inocente dos crimes que cumpre pena, respondeu: "De alguns sim", disse Jaílson. Ele cumpre 35 anos de prisão por latrocínio e outros crime.
11:32
Quaresma mostra carta enviada por Jaílson ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, enviada em 2012. O detento disse que a carta foi enviada à mulher dele, que fez um xerox e colocou no correio. A juíza não achou relevante ler a carta e o teor não foi mencionado em plenário.
11:26
Quaresma recorda crimes que levaram Jaílson à prisão, como latrocínio. O advogado tem um documento que relata que a testemunha foi detida por falsificação ideológica. Jaílson diz não se recordar de ter sido preso por falsificação, respondendo ao advogado.
11:25
Quaresma sugere que o "seguro" - local onde ficam isolados presos por estupro e detentos que tenham denunciado outros - seja considerado um lixo pela sociedade. Ele pergunta a Jaílson se ele concorda. "Não posso falar pela sociedade", responde a testemunha.
11:24
Sessão é retomada. Ércio Quaresma, advogado de Bola, faz perguntas para a testemunha.
11:11
A juiza deu uma pausa para os jurados usarem o banheiro.
11:07
Marcos Aparecido dos Santos é virado contra a parede para que Jaílson possa passar.
11:03
O assistente de acusação José Arteiro pergunta se Jaílson comunicou as ameaças à Promotoria de Justiça em Ribeirão das Neves. Como os fatos não foram levados ao conhecimento da juíza, Jaílson decidiu avisar a José Arteiro, conforme explicou a testemunha.
11:01
O promotor perguntou se a denúncia o prejudicou. Jaílson disse que a fuga da delegacia o prejudicou. O promotor encerra as perguntas.
10:56
A data do depoimento não foi esclarecida no plenário.
10:54
Ele diz que, no depoimento que foi ameaçado, estavam Gilson e Zezé. Ele conta que Gilson tentou suborná-lo com R$ 50. Deram três opções à testemunha depois de ter mostrado uma foto da mulher dele no celular: fugir, se retratar ou matar a mulher dele. No dia das ameaças, Jaílson tentou fugir da delegacia e foi punido por isso.
10:52
Jaílson confirma a autoria de cartas anexadas ao processo. Uma das cartas é de janeiro de 2013. Nela, segundo leitura do promotor, Jaílson diz ser ameaçado por detentos e policiais por ter denunciado Bola. Jaílson confirma as ameaças.
10:52
Questionado pelo promotor se as ameaças na penitenciária persistem, Jaílson diz "quase todos os dias". Ele explicou que a mulher dele foi agredida por pessoas que ele não sabe identificar. Essas teriam pedido que ele voltasse atrás em depoimento.
10:50
"Eu fui ameaçado por policiais e minha esposa jogada no chão para que me retratasse", disse Jaílson durante o depoimento. Segundo ele, a retratação seria sobre as declarações que deu sobre o Bola e outros detentos.
10:47
Jaílson também disse que antes de um dos depoimentos, ele foi ameaçado por um detetive. E que este teria sido reconhecido por outro policial como "o tal de Zezé".
10:44
O réu Marcos Aparecido dos Santos deixa o plenário a pedido da defesa.
10:42
"Nesse dia da foto, o Bola ficou me ameaçando dizendo que eu era peixinho pequeno. A ameaça foi em frente a dois delegados". "Disse que eu era peixinho pequeno para ele".
10:40
Sentado entre os jornalistas, Quaresma pede que alguns detalhes do relato de Jaílson, como a briga entre um advogado e um delegado, conste nos autos.
10:35
Ao identificar pessoas em uma fotografia mostrada pelo promotor, Jaílson usa a palavra "noiado" para se referir ao advogado Ércio Quaresma, que defende Bola.
10:33
Promotor lê trecho de depoimento. Jaílson confirma que Bola disse a ele que Eliza foi queimada em pneus e as cinzas jogadas em uma lagoa. Assim, teria dito Marcos Aparecido ao detento, e que os peixes comeriam as cinzas.
10:31
"Onde eu me encontro não tem como ter acesso a nada", disse. Outra informação que Jaílson sabia e confirmada no pedido de exoneração é o número de matrícula de Bola quando entrou na polícia.
10:24
A pedido do promotor, Jaílson lê um documento anexo ao processo. Trata-se de um pedido de exoneração de Marcos Aparecido dos Santos, escrito em 1992. Em seguida, o depoente reafirma que só poderia ter acesso às informações por meio de Bola.
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