09/05/2013 19h31 - Atualizado em 09/05/2013 19h56
Policiais negaram participação no crime em interrogatórios no 4º dia de júri.
Rosanne D'AgostinoDo G1, em Maceió
Quatro policiais acusados pela morte de Paulo César Farias, o PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino, negaram participação nas mortes nesta quinta-feira (9), durante interrogatório no júri popular a que respondem pelos crimes. Dois deles apontaram Suzana como autora do assassinato de PC Farias. O julgamento começou na segunda (6), no Fórum de Maceió. O júri será retomado na manhã desta sexta-feira (10) com a fase de debates entre acusação e defesa.
Os policiais Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, então seguranças de PC Farias, são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado por não terem impedido as mortes.
PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados mortos em uma casa de Praia de Guaxuma, Alagoas, em junho de 1996.
Adeildo dos Santos foi o primeiro acusado a
ser interrogado no júri (Foto: Jonathan Lins/G1)
'Foi dona Suzana'
O primeiro a ser interrogado foi Adeildo Costa dos Santos, 51 anos, policial militar desde 1981. Ele disse que fazia segurança de PC em sua folga da PM e disse que "nunca" viu discussão entre Augusto Farias, irmão do empresário, e Suzana Marcolino.
O juiz questionou o réu se ele teria a quem atribuir os fatos. "Na época, se não me engano, nos autos, se não me engano, eu respondi que não." O juiz insistiu na pergunta e lembrou que o réu tem o direito de permanecer em silêncio, sem que ele implique em confissão. "Por tudo que foi apurado até agora, eu não tenho dúvida que foi dona Suzana", respondeu Adeildo.
Adeildo estava na casa de praia na madrugada do crime, mas disse não ter ouvido os disparos. O réu afirmou que foi rendido pela manhã pelos outros seguranças acusados, mas que foio chamado por volta de meio-dia porque algo tinha acontecido. Quando chegou à casa, contou que já tinha "muita gente" e que pegou documentos de Suzana que estavam rasgados, colocou no porta-malas de um carro e que Reinaldo, o outro réu, os levaria à família dela.
Ele também entrou em contradição. O réu disse que pulou a janela do quarto, que havia sido arrombada, mesmo após a perícia já ter sido f eita e a porta estar aberta. Questionado diversas vezes pelo juiz sobre isso, Adeildo disse que não se lembrava se a porta estava mesmo aberta.
saiba mais
No 2º dia de júri, 13 testemunhas prestaram depoimento no Fórum de Maceió, entre elas, o irmão do empresário, Augusto César Cavalcante Farias, que disse acreditar na hipótese de crime passional no caso. Ele também afirmou que nunca imaginou que seria apontado como mandante dos assassinatos. Já a suposta amante de PC Farias, Cláudia Dantas, confirmou que eles se encontravam. Ao final, a filha de PC Farias, Ingrid, disse ter ouvido do pai que ele queria romper o namoro com Suzana Marcolino.
Na segunda (6), cinco homens e duas mulheres foram os escolhidos para compor o Conselho de Sentença do júri popular.
Duas testemunhas prestaram depoimento. Leonino Tenório de Carvalho, que hoje é jardineiro na casa da praia, afirmou que não permaneceu no local na noite do crime e que somente viu os corpos pela manhã.
Policiais militares acusados no caso PC Farias
demonstram cansaço ao final do primeiro dia
de júri (Foto: Jonathan Lins/G1)
A testemunha disse que ele, o garçom e os seguranças arrombaram a janela do quarto onde o casal estava e que chegaram a mexer no corpo de PC, mas não no de Suzana. Ele afirmou ainda que, dias depois do crime, o colchão foi queimado porque já estava exalando odor.
Em seguida, o garçom Genival da Silva França falou por três horas. Ele afirmou não ter ouvido os disparos, mesmo tendo dormido na casa do caseiro. Ele serviu o jantar a PC Farias, o irmão Augusto Farias com a namorada 'Milene', e Suzana Marcolino. O funcionário disse também que presenciou mais de uma briga entre PC e Suzana.
Réus alegam inocência e culpam namorada por morte de PC Farias
Policiais negaram participação no crime em interrogatórios no 4º dia de júri.
Ex-tesoureiro de Collor e namorada Suzana Marcolino foram mortos em 96.
Rosanne D'AgostinoDo G1, em Maceió
Quatro policiais acusados pela morte de Paulo César Farias, o PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino, negaram participação nas mortes nesta quinta-feira (9), durante interrogatório no júri popular a que respondem pelos crimes. Dois deles apontaram Suzana como autora do assassinato de PC Farias. O julgamento começou na segunda (6), no Fórum de Maceió. O júri será retomado na manhã desta sexta-feira (10) com a fase de debates entre acusação e defesa.
Os policiais Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, então seguranças de PC Farias, são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado por não terem impedido as mortes.
PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados mortos em uma casa de Praia de Guaxuma, Alagoas, em junho de 1996.
Adeildo dos Santos foi o primeiro acusado a
ser interrogado no júri (Foto: Jonathan Lins/G1)
'Foi dona Suzana'
O primeiro a ser interrogado foi Adeildo Costa dos Santos, 51 anos, policial militar desde 1981. Ele disse que fazia segurança de PC em sua folga da PM e disse que "nunca" viu discussão entre Augusto Farias, irmão do empresário, e Suzana Marcolino.
O juiz questionou o réu se ele teria a quem atribuir os fatos. "Na época, se não me engano, nos autos, se não me engano, eu respondi que não." O juiz insistiu na pergunta e lembrou que o réu tem o direito de permanecer em silêncio, sem que ele implique em confissão. "Por tudo que foi apurado até agora, eu não tenho dúvida que foi dona Suzana", respondeu Adeildo.
Adeildo estava na casa de praia na madrugada do crime, mas disse não ter ouvido os disparos. O réu afirmou que foi rendido pela manhã pelos outros seguranças acusados, mas que foio chamado por volta de meio-dia porque algo tinha acontecido. Quando chegou à casa, contou que já tinha "muita gente" e que pegou documentos de Suzana que estavam rasgados, colocou no porta-malas de um carro e que Reinaldo, o outro réu, os levaria à família dela.
Por tudo que foi apurado até agora, eu não tenho dúvida que foi dona Suzana"
Adeildo dos Santos, réu
Ele também entrou em contradição. O réu disse que pulou a janela do quarto, que havia sido arrombada, mesmo após a perícia já ter sido f eita e a porta estar aberta. Questionado diversas vezes pelo juiz sobre isso, Adeildo disse que não se lembrava se a porta estava mesmo aberta.
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No 2º dia de júri, 13 testemunhas prestaram depoimento no Fórum de Maceió, entre elas, o irmão do empresário, Augusto César Cavalcante Farias, que disse acreditar na hipótese de crime passional no caso. Ele também afirmou que nunca imaginou que seria apontado como mandante dos assassinatos. Já a suposta amante de PC Farias, Cláudia Dantas, confirmou que eles se encontravam. Ao final, a filha de PC Farias, Ingrid, disse ter ouvido do pai que ele queria romper o namoro com Suzana Marcolino.
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Na segunda (6), cinco homens e duas mulheres foram os escolhidos para compor o Conselho de Sentença do júri popular.
Duas testemunhas prestaram depoimento. Leonino Tenório de Carvalho, que hoje é jardineiro na casa da praia, afirmou que não permaneceu no local na noite do crime e que somente viu os corpos pela manhã.
Policiais militares acusados no caso PC Farias
demonstram cansaço ao final do primeiro dia
de júri (Foto: Jonathan Lins/G1)
A testemunha disse que ele, o garçom e os seguranças arrombaram a janela do quarto onde o casal estava e que chegaram a mexer no corpo de PC, mas não no de Suzana. Ele afirmou ainda que, dias depois do crime, o colchão foi queimado porque já estava exalando odor.
Em seguida, o garçom Genival da Silva França falou por três horas. Ele afirmou não ter ouvido os disparos, mesmo tendo dormido na casa do caseiro. Ele serviu o jantar a PC Farias, o irmão Augusto Farias com a namorada 'Milene', e Suzana Marcolino. O funcionário disse também que presenciou mais de uma briga entre PC e Suzana.
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