sexta-feira, 10 de maio de 2013

Júri durou cinco dias no Fórum de Maceió

10/05/2013 19h41 - Atualizado em 10/05/2013 19h41

Júri se reúne para decidir futuro de réus por morte de PC Farias e Suzana

Júri durou cinco dias no Fórum de Maceió; sentença será lida em plenário.
Acusação e defesa confrontaram versões de suicídio e de duplo homicídio.


Rosanne D'AgostinoDo G1, em Maceió
10/5/2013 - Réus assistem ao 5º dia de júri (Foto: Jonathan Lins/G1)
Policiais respondem por duplo homicídio triplamente qualificado em Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)

Sete jurados, cinco homens e duas mulheres, estão reunidos na sala secreta do Tribunal do Júri do Fórum de Maceió para decidir o futuro dos quatro seguranças acusados pela morte de Paulo César Farias, o PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino. A sentença deve ser lida em plenário nesta sexta-feira (10), após cinco dias de julgamento.
PC Farias e Suzana Marcolino foram encontrados mortos em uma casa de Praia de Guaxuma, Alagoas, em junho de 1996. Os policiais Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, então seguranças de PC Farias, são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado por não terem impedido as mortes.
Com base no veredicto, culpado ou inocente, o juiz Maurício Breda vai redigir a sentença e dosar a pena, se houver condenação, ou o alvará de soltura, se determinada a absolvição. Em caso de condenação, as penas de cada homicídio serão somadas.
Último dia de júri
Na fase de debates, Promotoria e advogados confrontaram versões sobre a morte do casal e as duas perícias divergentes apresentadas ao longo das investigações.
Primeiro a falar, pelo Ministério Público, o promotor Marcos Mousinho pediu a condenação e afirmou que os policiais, então seguranças de PC Farias, tinham a obrigação, "por lei", de impedir as mortes. Em vez disso, entraram numa "trama" para dizer que houve um suicídio.
Em seguida, o advogado José Fragoso rebateu a tese afirmando que se trata de "ficção" pensar que Suzana não matou PC Farias e cometeu suicídio em seguida.
"Estou fazendo o possível para evitar uma injustiça contra esses quatro inocentes", afirmou. "Fizeram tudo para transformar os dados da vida real numa ficção", concluiu, mostrando parecer do Ministério Público Federal pedindo o arquivamento do inquérito contra o então suspeito pelas mortes, o irmão de PC Farias, Augusto, que foi seguida pelo Supremo Tribunal Federal.
Promotor Marcos Mousinho abre último de júri da morte de PC Farias (Foto: Jonathan Lins/G1)
Promotor Marcos Mousinho abre último de júri da
morte de PC Farias (Foto: Jonathan Lins/G1)

10/5/2013 - José Fragoso lê trechos de um livro que afirma a possibilidade de falha no método de medição dos ossos (Foto: Jonathan Lins/G1)
O advogado José Fragoso lê trechos de um livro
que afirma a possibilidade de falha no método de
medição dos ossos (Foto: Jonathan Lins/G1)

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