sábado, 20 de abril de 2013

Tremor de magnitude 6,6 ocorreu na província de Sichuan.

20/04/2013 09h54 - Atualizado em 20/04/2013 12h40

Terremoto deixa pelo menos 156 mortos e milhares de feridos na China

Tremor de magnitude 6,6 ocorreu na província de Sichuan.
Mais de 2 mil militares foram enviados para reforçar os socorristas.


Da France Presse
Sobe para 156 o número de 
mortos em terremoto na China (AFP)
Um terremoto de magnitude 6,6 que atingiu na manhã deste sábado o sudoeste da China deixou pelo menos 156 mortos e mais de 5,5 mil feridos, segundo as autoridades locais, que enviaram à região milhares de soldados para ajudar nas operações de resgate.

O tremor ocorreu ao pé do planalto tibetano, na província de Sichuan, uma região com forte atividade sísmica que já foi devastada em 2008 por um potente terremoto.
As primeiras fotos da catástrofe mostravam edifícios destruídos e muitos escombros nas ruas.
Imagens aéreas apresentavam zonas rurais onde as casas pareciam ter desmoronado, e outras, mais povoadas, onde os danos eram menores.
Criança é resgatada após terremoto na província de Sichuan (Foto: AFP)
Criança é resgatada após terremoto na província de Sichuan (Foto: AFP)
As construções das zonas rurais chinesas costumam ter materiais de qualidade duvidosa e as normas antissísmicas quase não são respeitadas.
Mais de 2 mil militares foram enviados para reforçar os socorristas que trabalhavam no local, indicou a agência oficial Xinhua.
O novo presidente chinês, Xi Jinping, pediu que as vítimas sejam ajudadas, enquanto o primeiro-ministro Li Keqiang visitou a região afetada, assim como seu antecessor Wen Jiabao costumava fazer em caso de catástrofes, o que o tornou muito popular. "As primeiras 24 horas são cruciais para salvar vidas", disse o primeiro-ministro.
O presidente russo, Vladimir Putin, enviou um telegrama de pêsames ao seu colega chinês e afirmou que a Rússia está preparada para dar toda a ajuda necessária à China, anunciou o Kremlin.
A província de Sichuan, uma das mais povoadas da China, com 80 milhões de habitantes, foi devastada por um tremor em 2008 que deixou cerca de 87 mil mortos e desaparecidos.
Forte tremor deslocou e jogou uma imensa rocha numa estrada do condado de Lushan, província de Sichuan. (Foto: Hai Mingwei / Xinhua / Via AP Photo)
Forte tremor deslocou e jogou uma imensa rocha numa estrada do condado de Lushan, província de Sichuan. (Foto: Hai Mingwei / Xinhua / Via AP Photo)
A agência de notícias oficial indicou que o terremoto de sábado alcançou uma magnitude de 7, enquanto o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS) registrou um tremor de magnitude 6,6. A profundidade foi estimada em 12 km, uma distância muito pequena, o que favorece a ocorrência de muitos danos.
População acompanha resgate de vítimas ao lado de um edifício Sichuan (Foto: AFP)
População acompanha resgate de vítimas ao lado de um edifício Sichuan (Foto: AFP)
Bertrille Snoeijer, uma holandesa que mora em Chengdu, estava em sua casa quando ocorreu o tremor. 'Pouco depois das 08h00, tudo começou a tremer, os objetos caíram', contou à AFP.
Assim como seus vizinhos, a holandesa saiu para a rua.
Na região mais afetada pelo tremor as comunicações telefônicas estavam cortadas ou fortemente afetadas.
província de Sichuan (Foto: Arte/G1)
Aos sábados, os estudantes chineses em geral não têm aula, com exceção de alguns institutos de ensino médio. Uma jornalista do canal de televisão local iria se casar neste sábado, mas precisou trabalhar ao vivo para cobrir a catástrofe, vestida de branco, segundo uma foto sua que circulava na internet.
Pouco depois do terremoto de 2008, a qualidade da construção das escolas em Sichuan foi muito criticada. Familiares em luto e com raiva exigiram a verdade e quiseram entender as razões pelas quais os prédios que abrigavam suas crianças desabaram com facilidade, enquanto outros edifícios oficiais resistiram.
Os terremotos são relativamente frequentes na China, embora a população esteja menos acostumada com eles do que no Japão.
Primeiro-ministro Li Keqiang (centro) visitou a região afetada (Foto: AP)
Primeiro-ministro Li Keqiang (centro) visitou a região afetada (Foto: AP)

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